18 setembro, 2011

Dia 29


Vagueio em linha recta para ti.
Cada som de cada despedida é passageiro, tu não.
A tua forma de baloiçar, a tua forma de me pintar...

Sou-te bem mais que as pedras preciosas que encontrares,
Ou já fui.
Olha-me e diz qual dos violetas  reluz nas faces da tua vida,
Qual das fontes te serve a água que te molha os cabelos.
Guarda-me o silêncio dentro de uma caixa,
Um delicado obrigado.

Vivo nestas luzes de sexta-feira,
Vou dormindo nestes dias ímpares.
Mas tudo vem desaguar aqui,
Um coração de mãos nos bolsos,
Caminhando sobre a beira de uma estrada,
Num fim de tarde já vestido de noite.

Pregando as vidas perfeitas dos Reis e Rainhas,

Na sua própria cabeça.
Cuspindo no amor platónico,

Que segura as vossos capítulos insignificantes.
Hoje sim,
Irão ser esquecidos na minha história.

Não sou a tua casa, sê bem-vinda.










9 comentários:

Anônimo disse...

adorei filipe :)

Anônimo disse...

uau..
"Num fim de tarde já vestido de noite."
espectacular !
beijinhos, catarina s :)

lara beatriz disse...

está lindo :)

lara beatriz disse...

Obrigada querido, já não gostam e já nem têm capacidade de o fazer*

lara beatriz disse...

há sempre, embora poucos e difíceis de se encontrar querido*

lara beatriz disse...

só acho absurdo gastarem a palavra tanto "amo-te", fazem com que perda o valor que tem...claro que não, todos nós temos a nossa alma gémea algures, basta acreditarmos querido :)

Cristiana Lourenço disse...

obrigado !
adorei o teu blog, estou a seguir*

Maria Carvalho disse...

wow, está lindo :)

Sofia disse...

"Vagueio em linha recta para ti.
Cada som de cada despedida é passageiro, tu não." Lindo mesmoooo! Adorei o poema! Tens um modo simples e objectivo de fazer transparecer os teus sentimentos. I like it :)