07 março, 2012

15∞


E ao som do tempo imóvel a esta hora, o melro voa de galho em galho, dançando. Aplaudo a intermitência dos pontos que me encaram fixamente, a um palmo de mim. Omito,  ajoelho-me ao teu toque esquecido, e recordo o magenta da tua face no calor dos teus mundos, sóbrios e secos, em torno da minha voz mal-afortunada. Fui escravo e serei escravo até que o meu azul fracasse, longe da sua amada.
Deita-te e troça. Ri-te do cabelo que te tapa os olhos, ou das nuvens que te moldam o sonho. Pede-me para narrar o que poderia ter sido arte, mas foi chuva, simples chuva... Num fundo alaranjado.
E acredita que no chão, ela escreve versos tão mais etéreos, circos que tu nunca hás-de viver.

7 comentários:

Alexandra Rodrigues disse...

Obrigada : )
E tu, bem, ja sabes o que penso ; )
Adoro*

bruni disse...

és sempre tão puro e bonito.. amo imensamente!

Filipa disse...

São poucos mas ainda existem (;
Visita, http://mundosmudos14.blogspot.com/

Susan disse...

eu tenho, eu tenho, obrigada filipe *

SaraN disse...

está maravilhoso, adorei mesmo!

Bárbara Salvador disse...

lindoooo , mais um texto perfeito , sem duvida ! continua :)

beijinhos

Marisa Engenheiro disse...

adorei *.*
segui, beijinho