09 novembro, 2011

1∞


E sem querer, acabei aqui outra vez, à tua frente.
Por mais que me queira deitar longe deste dia que já morreu, é difícil. Estás em cada sorriso vendido, em cada placar que passa desfocado do lado de fora da janela, onde filmo a minha vida à chuva.
Irás ser grande, mas estupidamente vazia, eu sei.
Montes e montes de folhas velhas, caídas. Elas dão-me ruídos deliciosos, enchem-me a alma pequena.
Pelo menos já não fazes tanta falta certo?

Aposto que o meu destino está desenhado numa daquelas linhas de passeio, esquecido e podre.
Engraçado...
Nem tenho vontade de lhe abrir a porta, quanto mais vivê-lo.
Boa noite agora, bom dia depois, minha querida.










Obrigado.

3 comentários:

Renata disse...

Ás vezes por mais que queiramos
nos levantar deste chão frio isso torna-se difícil. tudo vem á memória e nos puxa para baixo! Ainda bem que gostas-te querido*

- Susana . disse...

gosto tanto *-*

bruni disse...

e so vi agora.. que perfeito, ai